Fundado em nove de Julho de 1932, o time de Washington traz um nome e logotipo que geram críticas desde 1933, ano que foram oficialmente intitulados Redskins. O uso de imagens e nome nativos americanos por equipe esportiva não-nativa atrai a atenção do público, pois o termo “redskin” é considerado tabu e ofensivo.
O Congresso Nacional dos Índios Americanos (NCAI) vem discutindo essa pauta desde 1940 por meio de uma campanha a fim de eliminar os estereótipos negativos, como os mascotes esportivos. Em 2013 o NCAI também divulgou um relatório resumindo sua oposição a mascotes e nomes de equipe em geral, mas dando destaque para o Washington Redskins em particular.
Depois que a rede ESPN afirmou que seus colaboradores não precisavam utilizar o termo, caso considerassem ofensivo, grande número optou por recusar usar a palavra Redskins nas transmissões de TV. Em redes alternativas, os colaboradores tomaram atitudes similares.
Ainda em 2014 houve um protesto contando com milhares de pessoas contra o nome da franquia de Washington e seu dono, no jogo entre Redskins e Vikings. Mais de 5000 pessoas participaram da marcha, dentre eles: ex-atletas, políticos locais e lideranças indígenas. A passeata partiu do TCF Bank Stadium e passou pela Universidade de Minnesota, que contribuiu com a logística da marcha e estimulou rodas de debate sobre a questão indígena nos EUA.
Já em maio de 2016 foi divulgada uma pesquisa com nativos americanos feita pelo Washington Post, onde 90% dos 504 entrevistados disseram não se incomodar com o nome da equipe. Porém, foram rebatidos com muitas críticas de grupos nativos americanos e pela diretora executiva da NCAI, Jacqueline Pata, dizendo que “a pesquisa não reconhece os impactos psicológicos que esses nomes e imagens possuem sobre os índios. Não é respeitoso com quem somos como nativos. Essa pesquisa ainda não está certa.”.
Mesmo com todos os ocorridos Dan Snyder manteve a mesma posição de não mudar o nome do time, até hoje (3). O time divulgou que “estão tendo conversas internas sobre a possibilidade de mudar o nome da franquia”. Tudo isso aconteceu pouco tempo depois de sofrer uma série de pressões de patrocinadores. Dentre eles, um boicote da Nike com os produtos do time e uma carta formal da própria FedEx, empresa que patrocina o estádio da franquia.
É triste perceber que mesmo após toda a polêmica do caso Floyd e a mobilização do #BlackLivesMatter ainda há tanto descaso com as minorias, principalmente nos EUA que foi o palco de todas as manifestações contra a descriminação. No entanto, esperamos que a partir de agora os indígenas consigam ser tratados com mais respeito, da forma que merecem. Até quando as pessoas e empresas irão apenas fingir que se importam?
Será que agora haverá alguma mudança? O que você pensa a respeito? Deixe sua opinião nos comentários! Obrigada por ler até aqui e até breve.